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terça-feira, 23 de abril de 2013

Candidíase: pare de alimentar essa inimiga


Calor, umidade, resistência baixa. É tudo do que a candidíase precisa para levá-la à loucura. O que talvez você nem imagine é que suas escolhas à mesa podem favorecer o ataque. Saiba como recuperar o controle da situação



Por Cristina Nabuco Fotos Ilustração Didi Cunha
Difícil escapar. Pelo menos uma vez na vida três em cada quatro mulheres sentirão uma coceira desesperadora nas partes íntimas, acompanhada de ardor e corrimento esbranquiçado. Culpa do fungo Candida albicans, de longe a principal causa de infecção vaginal. Presente na superfície da pele e no trato digestivo de pessoas saudáveis, em geral ele é inofensivo até encontrar duas condições ótimas para se reproduzir: calor e resistência baixa. No verão, a vagina fica mais quente e úmida, criando um hábitat favorável à sua multiplicação. Ainda assim, como esse tubo elástico é dotado de eficiente mecanismo de defesa, a "colônia" pode ser neutralizada. Mas quando medicamentos (antibióticos, corticoides, laxantes), infecções como uma simples gripe, má alimentação ou o stress desequilibram a flora vaginal, a dona cândida invade tecidos e faz estragos. Pior é quando esses episódios de "incêndio íntimo" vão e vêm. Em pelo menos 40% das atingidas, as crises são recorrentes. "Acandidíase de repetição em geral decorre de algum hábito errado", alerta o ginecologista José Bento, dos hospitais São Luiz e Albert Einstein, ambos em São Paulo. "Em vez de usar os cremes ou óvulos vaginais antifúngicos de rotina, vale a pena revisar seus hábitos com o seu médico." Segundo o ginecologista, a dieta merece destaque nessa avaliação, pois dependendo do que come, você está alimentando seu inimigo.

Fora, açúcar!

Quem é do tipo formiga tem boas razões para se preocupar. "O açúcar altera o pH da vagina de modo a favorecer a proliferação dos fungos", diz José Bento. Assim, é preciso restringir doces, balas em geral, mel e produtos industrializados adoçados, caso dos refrigerantes e sucos de fruta. E não estranhe se o desejo de doce aumentar. "As diversas substâncias que os fungos produzem e liberam no processo de digestão despertam em nós a vontade de consumir os alimentos úteis à sobrevivência deles", explica Alessandra Almeida, nutricionista do Rio de Janeiro.
Mas o açúcar não é o único vilão. Outros carboidratos refinados e simples, como macarrão, pão e arroz brancos, também fazem a alegria dos fungos que causam a candidíase. Por ter digestão rápida, esses alimentos logo elevam a taxa de açúcar no sangue, daí a importância de serem substituidos pelas versões integrais, ricas em fibras. Esses alimentos, porém, devem ser evitados se você tem sensibilidade ao glúten (proteína do trigo, cevada, centeio e aveia). Assim como quem apresenta alergia à lactose ou soja, precisa suspender produtos à base de leite ou do grão. "Nessas pessoas, o consumo regular de substâncias com potencial alergênico pode causar um desequilíbrio na flora digestiva, favorecendo o crescimento dos fungos", diz Alessandra. Mas é preciso avaliar caso a caso.

Devagar com as frutas

Em excesso, a frutose (açúcar das frutas) pode ser nociva. Essa substância também é encontrada no xarope de milho, largamente usado na indústria alimentícia. Por isso, confira na embalagem e passe longe dos produtos que abusam desse ingrediente. Mas você não precisa abrir mão de um alimento tão saudável quanto as frutas frescas. Consuma de três a quatro porções por dia, dando preferência àquelas com baixo índice glicêmico (morango, pera, pêssego, maçã e ameixa) - ou seja, que são absorvidas mais lentamente. Você adora manga, melancia, caqui e uva? Suspenda essas frutas, que têm digestão rápida, pelo menos nas fases em que a candidíase não estiver dando sossego. Esqueça também os sucos de fruta muito concentrados, pois a taxa de frutose tende a ser alta. Faça o mesmo com as frutas secas que recebem adição de açúcar (banana passa, figo e abacaxi secos) ou são vendidas a granel. "As frutas que ficam muito tempo expostas ao ar e à claridade favorecem a proliferação dos fungos", alerta a nutricionista.

Na lista negra

É ainda mais importante você manter distância de pães (e outras massas que levam fermento biológico, caso da pizza), queijo gorgonzola, vinagre, vinho e cerveja. "São alimentos e bebidas fermentados pela ação de fungos, o que pode confundir o sistema imunológico e desequilibrar os microrganismos que vivem naturalmente no intestino", diz Fábio Bicalho, membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. Os produtos em conserva (picles e palmito), embutidos e todos os cogumelos (do champignon ao shiitake) também estimulam o crescimento fúngico e, portanto, devem ser evitados quando a candidíase entra em cena.
 

Mais aliados

A boa notícia é que existem alimentos com ação antifúngica comprovada, merecendo lugar de destaque no cardápio. São eles: orégano, alecrim, tomilho, alho e cebola. "Procure consumi-los todos os dias, em diferentes pratos e refeições", orienta Fábio. Sugestão: polvilhe nas saladas, sopas e nos molhos, de preferência no final do cozimento. Outras boas pedidas são as sementes de abóbora e os óleos de orégano e de coco extravirgem (use o primeiro para temperar pratos salgados e o segundo batido no iogurte). A romã é mais uma aliada: prepare um suco com a polpa e as sementes.
Os lactobacilos reorganizam a flora intestinal e, por isso, também são grandes aliados contra os fungos inimigos. Esses probióticos (bactérias do bem) são encontrados em iogurtes e queijos (verifique na embalagem). "Esses produtos, no entanto, devem ser evitados por quem tem sensibilidade à lactose", lembra Alessandra. É por isso que muitos nutricionistas acham mais seguro prescrever probióticos em sachê ou cápsula.

E os prebióticos? Capazes de nutrir as bactérias benéficas do intestino, eles também são bem-vindos para deixá-la mais resistente. A lista inclui biomassa de banana verde (pode ser adicionada no suco e na salada de frutas) e batata yacon - tubérculo originário dos Andes com o poder de reduzir a taxa de açúcar no sangue e deve ser consumido cru como uma fruta. Folhas verde-escuras, verduras e legumes, alimentos integrais, frutas frescas, peixe, frango orgânico, raiz da chicória e alcachofra também são essenciais na dieta nticandidíase. "Eles equilibram a flora intestinal deixando o ambiente menos atrativo para os fungos", diz Fábio, que sugere ainda o suco de cranberry. "Essa frutinha vermelha tem ação reconhecida contra as bactérias que provocam infecção urinária, mas também dificulta a ação dos fungos da candidíase." Sementes de chia e linhaça, assim como quinua e aveia, são úteis por outras razões: ajudam a reduzir o índice glicêmico da refeição, evitando picos de açúcar no sangue e, com isso, diminuem o risco dos fungos se manifestarem. Já as nozes, amêndoas e castanhas-do-pará reforçam as defesas do organismo contra esses e outros invasores. Porém, armazenadas de maneira inadequada, as frutas oleaginosas podem trazer fungos e toxinas que tendem a aumentar o risco de candidíase. Nesse caso, fuja delas!

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